Primeiro quero
dizer que foi interessantíssimo escutar novamente este álbum que já havia
escutado muito, muito mesmo. Ia todo dia pra faculdade escutando no meu walkamn
(de fita mesmo).
Na época achava
esse disco perfeito. Realmente não conseguia encontrar defeito algum. Tinha as
palhetadas de guitarra do Jon Schaffer do
Iced Earth e as melodias e potência da voz de Hansi Kusch do Blind Guardian.
Não sei se meu
gosto mudou ou se mudou o meu conhecimento musical e minha exigência. O que sei
é que agora não acho mais que esse disco seja perfeito.
Não que seja
um disco ruim, longe disso. O disco é muito bom. Tem riffs inspirados como em
TEAR DOWN THE WALL e momentos belíssimos como em FIDDLER ON THE GREEN. Essa
última a melhor do disco na minha opinião.
O som da
bateria também é uma coisa fora da curva. Você escuta a caixa bem “sequinha”
como eu gosto de dizer. E sobre a voz de Mr. Kuschi não é preciso dizer nada, o
rapaz continua mandando muito bem, com um alcance vocal incrível e técnica
ímpar para interpretar as diversas camadas utilizadas. Porém, realmente não é
um estilo fácil de se afeiçoar à primeira “ouvida”.
Outro destaque
são as letras. Extremamente interligadas com o clima de cada música, são de tom
sempre muito sombrio. Há passagens bonitas, misteriosas e que levam o ouvinte a
um ambiente diferente, difícil de explicar. Por outro lado, são muito fáceis de
cantar, deve funcionar muito bem ao vivo, como todas as músicas do Blind
Guardian.
Porém
escutando mais atentamente percebi alguns pontos negativos, como: o som do
baixo que em raros momentos se escuta, a quantidade de efeitos na voz e a quebra
constante de ritmo entre peso, velocidade
e partes mais lentas.
Não vou
analisar os excelentes covers de White Room do Cream e muito menos da clássica
Immigrant Song do eterno Led Zepellin.
Analisar cover é covardia...
Vou dar minha
nota pelo espírito que eu estava hoje. E hoje eu queria peso e velocidade. Estes
Itens apareceram sim, mas desaparecem na mesma frequencia.
Entretanto,
continua sendo um disco muito bom, principalmente se você tiver a oportunidade
de acompanhar as letras no belo encarte que acompanha o álbum.
Nota: 4,1 de 5