domingo, 11 de agosto de 2013

Como ser bem tratado em Buenos Aires


Estava escutando hoje um podcast onde um dos participantes discorria sobre ter sido tratado mal na Argentina.
Não resisti e resolvi escrever para contar um pouco da minha passagem pela capital de nossos vizinhos hermanos.

Antes de ir para lá, fui mesmo alertado por vários amigos sobre o problema exposto acima: os argentinos são mal educados, te dão orientações erradas sobre endereços, os taxistas são uns sacanas que ficam rodando pela cidade sem necessidade e ainda passam troco com peso (moeda argentina) falso.

Então, me equipei com meu óculos de visão anti-castellano-do-mal e viajei confiante de que nenhum fã do dieguito iria me passar a perna.

Qual foi minha surpresa quando chegamos lá: desde os atendentes do aeroporto, hotel, transeuntes e até os taxistas, foram extremamente solícitos e educados comigo e com minha esposa, explicando várias vezes quando meu portunhol não era suficiente ou parando na faixa de pedestre antes de eu pensar em atravessar alguma rua.

Talvez a situação econômica degradada, a inflação crescente e a necessidade de divisas, tenha tornado o bom tratamento a brasileiros uma necessidade. (E se duvidar, lá em Buenos Aires tem mais brasileiros que aqui em Fortaleza).

E se me permitem mais algumas linhas, deixem-me aproveitar para contar um perrengue ao final de nossa viagem:

A estada que relatei acima foi na nossa lua-de-mel. O vôo de volta estava marcado para 06h da manhã e agendamos o táxi para 2h, pois minha esposa queria passar no dutyfree do aeroporto de Ezeiza e fazer aquelas comprinhas básicas de 3 a 4 carrinhos repletos de cosméticos, maquiagens e outros itens de primeira necessidade. Ezeiza fica na zona metropolitana de BsAs e é bem maior que o do aeroporto da capital.

Quando tentamos pagar a conta do hotel, o cartão de crédito foi recusado. Não entendemos na hora, pois tínhamos limite tranquilo para uma operação daquele valor.

Sem um pingo de preocupação pensamos: "tranquilo, a gente vai em um caixa eletrônico e saca em cash".
Idéia que foi imediatamente descartada, pois lembramos que o limite máximo diário para saques não seria suficiente para suprir o valor da conta.

Então, a situação era a seguinte: eram já 3h, o vôo estava marcado para 6h da manhã, táxi esperando, conta do hotel encerrada e nós imaginando como iríamos pagar.
Pela cara dos nossos fornecedores portenhos,talvez começaríamos a ser tratados mal a partir daquele momento,,,
Felizmente, depois lembramos que por medida de segurança, a operadora do cartão de crédito bloqueia determinadas operações, levando em conta o valor e o horário. Ligamos para lá e conseguimos realizar a operação.

Tirando este aperto, a viagem foi ótima.
O único momento em que vi argentinos mal-educados foi no embarque de volta, quando os funcionários da empresa terceirizada responsável por fazer a transposição das bagagens do carrinho para o avião estavam em greve e por isso estavam em operação-padrão.
Pela janelinha eu via o carinho e amor com que as malas eram arremessadas para dentro do tubo voador.
Tenho certeza que em determinado momento, um hermano se vangloriou por ter conseguido alcançar uma distância considerável no arremesso. Ainda bem que não despachamos nenhum vinho...

Um comentário :

  1. Pense numa agonia! Aí vai outra dica: leve sempre mais de um cartão liberado para compras internacionais, porque ninguém merece uma emoção dessa às 3h da madrugada...no mais a viagem foi excelente! E nada de ignorância dos argentinos! É intriga da oposição! ;P

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